(21) 2524-7612 contato@anaco.com.br

Circulação de pessoas nos dias que antecedem a data também deve movimentar nas vendas em restaurantes, fast-foods, cafés, sorveterias e estabelecimentos alimentícios em geral.

A Associação Brasileira dos Lojistas de shoppings (ALSHOP), entidade que representa os maiores varejistas do País, em parceria com a empresa Real Time Big Data, realizou uma pesquisa interna entre os seus associados e constatou uma previsão de aumento de 3% nas vendas para o Dia dos Namorados, em relação ao ano passado.

Entre os parceiros da associação a expectativa é de que a circulação de pessoas nos dias que antecedem a data cresça em uma média de 51% e movimente também as vendas em restaurantes, fast-foods, cafés, sorveterias e estabelecimentos alimentícios em geral.

A movimentação também deve elevar o consumo de serviços nos centros de compra na semana anterior a data bem como no próprio dia 12 de junho.

Para o presidente da entidade, Nabil Sahyoun, apesar de o aumento ser pequeno, já é o início de uma melhora para o setor varejista.

“A expectativa é que, com as medidas que o governo está tentando aplicar em relação às reformas trabalhista, tributária e da previdência, haja uma melhora mais significativa em relação ao varejo a um médio prazo”.

ITENS MAIS PROCURADOS

Ainda segundo a Associação, 34% dos brasileiros entrevistados na pesquisa quantitativa pretende gastar uma média de R$ 100 a R$ 200 em presente para o parceiro(a). Destes, 23% têm a intenção de dar um presente entre R$ 30 e R$ 100, seguido de 18% que planeja desembolsar de R$ 200 a R$ 400.

O levantamento foi feito por meio de uma entrevista por telefone com mais de 1,5 mil pessoas residentes nas principais capitais do País tais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Manaus, Brasília, Porto Alegre, Curitiba e Goiânia.

Entre as formas de pagamento que lideram a pesquisa estão o cartão de crédito com 50%, seguido de pagamento à vista com 42%.

Ainda na mesma amostragem, 51% dos entrevistados pretendem comprar os presentes em shoppings, 14% em lojas de rua e 10% pela internet.

MOVIMENTO DO COMÉRCIO

Já a expectativa do comércio para as vendas relacionadas ao Dia dos Namorados é de alta de 1,9%, na comparação com o ano passado.

Segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), este é o terceiro ano seguido de melhora nas vendas, após dois anos de recessão econômica em que a data apresentou perdas.

Em 2015, o comércio teve perda de 1,1% e em 2016 a redução nas vendas foi ainda maior, chegando a 4,9%. Em 2017 a recuperação do comércio no Dia dos Namorados foi de 2,5% e em 2018 subiu 1,5%. Segundo a CNC, a data é a sexta mais importante para o calendário varejista do país. O valor movimentado deve chegar a R$1,64 bilhão este ano.

VESTUÁRIO E ACESSÓRIOS

O principal segmento do comércio relacionado ao Dia dos Namorados é o de vestuário e acessórios, que tem expectativa de subir 3,1% na comparação com 2018, chegando ao valor de R$ 611 milhões, o que corresponde a 37,4% do total esperado.

Em segundo lugar ficam os hiper e supermercados, com expectativa de movimentar R$553,1 milhões, 1,8% a mais do que no ano passado. Em seguida estão os artigos de uso pessoal e doméstico, que esperam vender 2,2% a mais, com faturamento de R$243,4 milhões.

De acordo com a CNC, alguns ramos estão oferecendo os produtos com preços menores do que no mesmo período do ano passado, como o de roupas femininas (-3,0%), tênis (-2,6%), artigos de maquiagem (-2,6%) e bolsas (-2,4%). Já o serviço de excursões está 16,4% mais caros do que em 2018.

Por outro lado, a entidade ressalta que as condições de crédito para pessoa física estão piores, com a alta dos juros, o que pode ser um dificultador das vendas.

“De fato, segundo levantamento mensal do Banco Central, a taxa média de juros nas operações de crédito destinadas às pessoas físicas, que havia encerrado o ano passado no patamar mais baixo (48,9% ao ano), desde setembro de 2014 (+48,3% a.a.) vem apresentando clara tendência de alta, atingindo atualmente 53,6%. Com isso, a prestação média simulada de empréstimos e financiamentos cresceu 5,0% desde dezembro do ano passado, dificultando, portanto, a ampliação do consumo a prazo”, diz nota da CNC.